Celular na escola: entenda a lei e como a literatura pode ser aliada 

Uma discussão global 

A proibição do uso de celulares em escolas é um tema que tem ganhado força globalmente, com países como França, Itália e Holanda implementando medidas restritivas. No cerne da questão, residem preocupações sobre o impacto do uso excessivo de celulares no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. Estudos científicos, como o publicado no renomado periódico científico “Journal of the Association for Consumer Research”, revelam que a mera presença do celular pode reduzir a capacidade cognitiva disponível, afetando a memória de trabalho e a inteligência fluida, especialmente em indivíduos com alta dependência do aparelho. 

A lei brasileira e a adaptação das escolas

Em resposta a essas preocupações, o Brasil aprovou a Lei n° 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares durante as aulas no ensino fundamental e médio, exceto quando o uso for pedagógico. A lei visa proteger os estudantes dos malefícios do uso excessivo do celular, garantindo um ambiente de aprendizagem mais focado e propício ao desenvolvimento integral das crianças. 

Diante da nova legislação, escolas têm adotado medidas para se adaptar, como a criação de armários para guardar os celulares durante as aulas, o desenvolvimento de atividades pedagógicas que utilizam o celular de forma controlada e o diálogo com pais e alunos sobre a importância da lei. 

O aporte da literatura 

Nesse contexto, a literatura desponta como uma ferramenta poderosa para auxiliar alunos, professores e gestores a lidar com a ausência do celular em sala de aula. A leitura e o contato com o universo literário oferecem uma série de benefícios que contribuem para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional saudável das crianças. 

Desenvolvimento cognitivo: 

Estimula a imaginação e a criatividade: A literatura abre portas para mundos ficcionais, personagens cativantes e enredos complexos, desafiando a mente a criar imagens, desvendar mistérios e construir novas realidades. 

Enriquece o vocabulário e a linguagem: A leitura expõe as crianças a uma variedade de palavras, estilos de escrita e estruturas gramaticais, expandindo seu repertório linguístico e aprimorando sua capacidade de comunicação. 

Melhora a concentração e o foco: A leitura exige atenção e concentração para acompanhar a narrativa e absorver as informações, habilidades essenciais para o aprendizado e o desenvolvimento cognitivo. 

Desenvolvimento socioemocional: 

Estimula a reflexão e o senso crítico: A literatura aborda temas complexos e questões sociais relevantes, incentivando a reflexão, o questionamento e a formação de um senso crítico. 

Favorece a autoestima e a autoconfiança: A leitura proporciona às crianças a oportunidade de se identificarem com os personagens, vivenciarem suas conquistas e superarem seus desafios, fortalecendo a autoestima e a autoconfiança. 

O papel da Edelbra 

Acreditamos no poder transformador da leitura e queremos ser seus aliados nesse caminho. Conheça nosso catálogo, repleto de obras de autores brasileiros renomados, que inspiram a imaginação e o aprendizado. 

Professores, contem com nossos roteiros de leitura, elaborados com base em critérios pedagógicos e científicos, para auxiliar no desenvolvimento de atividades que explorem o potencial da literatura em sala de aula. 

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Juntos, podemos construir um futuro em que a literatura seja protagonista na vida das crianças e jovens, dentro e fora da sala de aula. 

Referências: 

GUERINO, Silvana Lúcia Costabeber; CARLESSO, Janaína Pereira Pretto. O cérebro que aprende: uma experiência com práticas de leitura nos primeiros anos de escolarização. Research, Society and Development, v. 8, n. 3, p. e3683849, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v8i3.849. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3683. Acesso em: 24 jan. 2025. 

WARD, Adrian F. et al. Brain Drain: The Mere Presence of One’s Own Smartphone Reduces Available Cognitive Capacity. Journal of the Association for Consumer Research, v. 2, n. 2, p. 140-154, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1086/691462. Disponível em: https://www.journals.uchicago.edu/doi/full/10.1086/691462. Acesso em: 24 jan. 2025.    

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